Kitty Fane é um mulherão, boa de Inverno, boa de Verão, sempre pronta para postar um lambido "ai tanta tristeza que me assolou" perante os seus 2000 pobres visitantes diários. Viajada, nota-se ali uma admiração pela América. A sorte não a tem favorecido, porém. Daí, talvez, o desejo indestrutível por bolos. Que ela carinhosamente apelida de cupcakes, nome científico para corantes-rosa-conservantes-cancerígenos-e-açúcar-que-nem-sequer-se-digna-a-ser-do-mascavado. Diz que quando aprendeu a dar importância a quem a valoriza, a vida se lhe mudou toda. Tem uma bebé, que se vivesse há 3 séculos atrás em Inglaterra, ou há 30 anos em Portugal, já teria idade suficiente para dar com os costados na enxerga e parir entre fezes e dores uma ninhada inteira de pequenos terroristas. A própria Kitty, vivesse há 30 anos, estaria a esta hora de barriga encostada à pia a lavar os pratos da família. Ou talvez não. Talvez estivesse simplesmente polvilhando o rabo com pó de arroz. É uma boa pessoa, a Kitty Fane.
1 comentário:
(epá, se começam a falar de Inglaterra e de séculos atrás talvez esteja a ver quem é mas eu conhecia por Fanny Hill e não por Kitty Fane...)
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