É difícil ser-se uma pipoca. Mais difícil ainda é ser-se uma Pipoca Mais Doce. Para agravar mais a situação, já de si desesperante, junte-se-lhe um bando de leitores anónimos que atiram pedras recriminatórias.
Desta vez, Pipoca Mais Doce viu-se apanhada numa teia de sapatos, malas e vestidos que lhe foram virtualmente arremessados por uma qualquer anónima:
“ (…) em tempo de crise severíssima, que compras botas e roupa e porcarias, como quem compra fruta no supermercado?”
Inveja. Retorquiu o mulherio em peso. Mulherio que não acaba mais e está com a sua Pipoca para tudo o que houver!
“Abaixo a crise!” – gritam umas.
“ Abaixo a especulação dos mercados financeiros internacionais!” – vociferam outras!
“Compra mais!” – suplicam as restantes.
Mas Pipoca não se deixa abalar facilmente. Dá pouca relevância aos anónimos. Até os rejeita dos seus comentários, para nãorestarem dúvidas da sua pequenez.
Mas Pipoca não é burra (pode ser teimosa, mas não é burra). De quando em vez, há que destacar (quem sabe criar. Não, isso seria ir longe demais) criteriosamente um comentário anónimo, atacá-lo com todo o regimento de infantaria e, assim exaltar todas as suas fiéis seguidoras a juntarem-se-lhe na defesa dos sonhos e fantasias comuns.
Fenómeno interessante este, já para não dizer que é sobejamente eficaz…
“Ah, e só para terminar a conversinha, eu não sou grande apreciadora de fruta. Daí que prefira comprar sapatos. Opções.” (Pipoca Mais Doce)
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